VOZ PASSIVA. 51

02-05-2015 16:52

António Telmo*

Romana Valente Pinho

[Romana Valente Pinho, primeira da esquerda na fila da frente, com António Telmo, em Alenquer, em 2001. Ao seu lado, Helena Briosa e Mota e Anahi Braia Vitorino]

 

O que mais me fascinava em António Telmo, antes de o conhecer, era o mistério que se evidenciava em todos os seus livros. Li e reli Filosofia e Kabbalah várias vezes movida por esse mistério... Quando o conheci pessoalmente, o mistério, em vez de diminuir, tornou-se ainda maior! Porém, passou a revelar-se mais leve, mais divertido, mais comungante.

Passados 20 anos da minha primeira leitura de Filosofia e Kabbalah e passados 15 do meu primeiro encontro com António Telmo, deparo-me agora com um pequeno trecho de uma entrevista sua que me confirma e relembra precisamente a importância desse mistério para a (des-)formação do nosso conhecimento:

“Pretendi dar pistas de aperfeiçoamento interior, mas, como disse de início, os meus livros sabem mais do que eu. Na verdade, eu não sei nada. Quem quiser saber alguma coisa terá que procurar Tomé Natanael. Tem que o procurar” (António Telmo, A Terra Prometida, 2014, p. 60).

 

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