VOZ PASSIVA. 28

19-08-2014 12:57

António Telmo

(Na ara do tempo)

Eduardo Aroso

 

Sangrar o pinheiro

Ao calor de Agosto.

A resina escorre

De cima abaixo,

De manhã ao sol-posto.

O pensamento é que define

As estrias por onde passa

As camadas que atravessa.

A loucura de a beber

É para saber entranhas do dia,

E metamorfoses da morte,

Enquanto o Anjo da Vida

Sorri do esforço e da porfia.

 

Agosto de 2014