DOS LIVROS. 56
Da Introdução a Autobiografia e Sobrenatural em Luís de Camões
«Os Portugueses somos do Ocidente.
Imos buscando as terras do Oriente.»
Luís de Camões, Os Lusíadas, I, 50, 7-8
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A ilha é como um ponto na imensidade do Oceano.
Para lá ou para cá da identidade da Ilha dos Amores, imaginada por Camões, com a paisagem de Xvarnah, imaginada pelos persas, não é difícil, sem deixar de ser surpreendente como algo que nos colhe do íntimo, observar que os três outeiros que se levantam na Ilha, a corrente que desce do alto e o lago onde vogam os cisnes estão de acordo com outra, análoga, forma de imaginar, esta hebraica, que é a da árvore das sephiras. As três colunas correspondendo aos três outeiros; o lago aparecendo como Malcuth onde se recebem e guardam as energias sagradas que vêm do alto.
António Telmo
(Publicado em A Aventura Maçónica - Viagens à Volta de um Tapete, 2011)